Estimulação Magnética
Transcraniana
Estimulação Magnética Transcraniana
O que é?
Desde a década de 1980, a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem sido usada para estudar as fibras nervosas que transportam informações sobre os movimentos do cérebro para a medula espinhal e para os músculos. No final da década de 1990, os médicos e pesquisadores começaram a explorar o potencial terapêutico da EMT para o tratamento de uma variedade de doenças, sendo a depressão a mais estudada até o momento. Desde então, dezenas de ensaios clínicos randomizados e controlados que estudam a EMT como tratamento para a depressão foram publicados por pesquisadores de todo o mundo.
A terapia com EMT repetitiva é
- Não invasiva, o que significa que não envolve cirurgia.
- Não requer nenhuma anestesia ou sedação, pois o paciente permanece acordado e alerta durante o tratamento.
- Não sistêmica, o que significa que não afeta outros órgãos do corpo como os medicamentos.
- Indolor e extremamente segura
Como esta terapia funciona?
A estimulação magnética transcraniana é um tratamento médico que é administrado por um dispositivo que gera campos magnéticos variáveis. Atualmente, em geral, os dispositivos são posicionados sobre a área do cérebro determinada pelo clínico. Para a depressão, esta área cerebral é o córtex pré-frontal. Esses campos magnéticos podem criar atividade elétrica nas células nervosas estimulando ou inibindo-as, dependendo da indicação clinica. Atualmente, sabe-se que o mecanismo de ação se relaciona a atividade elétrica direta ou a efeitos indiretos de liberação de neurotransmissores no cérebro. Independentemente do mecanismo, é bem aceito por pesquisadores e médicos que a estimulação magnética afeta não apenas a área alvo, mas também outras áreas cerebrais interconectadas, como nos casos de depressão, como giro do cíngulo, amígdala, hipotálamo, tálamo e córtex pré-frontal.
A nossa clínica utiliza os equipamentos da empresa MagVenture, fabricados em Copenhagem, na Dinamarca. Esta empresa é pioneira e uma das líderes na pesquisa em neuromodulação, desde 1992.
O tratamento é seguro? Tem efeitos colaterais?
Geralmente, a terapia com EMT repetitiva é segura e bem tolerada. Alguns efeitos colaterais mínimos podem ocorrer, como dor de cabeça, desconforto no couro cabeludo no local da estimulação, formigamento ou espasmos transitórios. Esses efeitos colaterais geralmente melhoram à medida que os pacientes passam por mais sessões.
Seu médico pode ajustar o nível de estimulação para reduzir os sintomas ou pode recomendar que você tome um analgésico comum antes do procedimento.
Quais são as contra-indicações ao tratamento?
Gravidez e implantes de metal no corpo, como clipes ou bobinas para tratamento de aneurisma, stents intracranianos, estimuladores implantados (estimulador do nervo vago, estimulador cerebral profundo, marca-passos ou bombas de medicação), implantes cocleares, fragmentos de bala, ou qualquer outro objeto de metal implantado em seu corpo. Se você for portador de epilepsia, o tratamento deve ser acompanhado com mais cuidado, e devem ser evitados alguns tipos de estimulação.
Como é feito o procedimento de tratamento?
O procedimento consiste no posicionamento de uma bobina eletromagnética, que será colocada sobre sua cabeça, na região alvo determinada previamente pelo médico (dependendo da patologia). O procedimento gera pulsos repetidos de uma frequência pré-determinada.
A quantidade de energia necessária é encontrado aumentando a dose da estimulação até que seus dedos ou mãos se contraiam. Conhecido como seu limiar motor, isso é usado como ponto de referência para determinar a dose certa para você. Durante o tratamento, a quantidade de estimulação pode ser alterada, dependendo dos resultados esperados.
O procedimento geralmente não ultrapassa 30 minutos e você permanecerá acordado e alerta. Você pode retornar às suas atividades diárias normais após o tratamento. Entre as sessões de estimulação, você pode trabalhar e dirigir normalmente.
Quais são as principais indicações da estimulação magnética transcraniana?
A princial condição médica tratada com a EMT é o transtorno depressivo maior, também comumente chamado de depressão. No entanto, há inúmeras outras condições que podem se beneficiar dessa modabilidade de tratamento, como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), os transtornos de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), dores crônicas (como a fibromialgia), alucinações auditivas da esquizofrenia, além se ser usado como parte da reabilitação do acidente vascular cerebral (AVC), e para sintomas específicos da doença de Parkinson, como a disfagia e os distúrbios de marcha. A cada ano que passa, novas indicações são adicionada à esta lista, devido a intensa pesquisa acadêmica sobre o assunto em todo o mundo, em grandes centros médicos e universidades, além de nossa experiência de mais de 20 anos com mais de mil pacientes tratados.
Eu estou passando por um episódio de depressão (transtorno depressivo maior). Quais são os principais critérios para que a estimulação magnética seja indicada como tratamento?
Você pode ser um bom candidato para a terapia com EMT se:
- tem usado um ou mais antidepressivos sem melhora significativa;
- teve efeitos colaterais negativos ao usar antidepressivos;
- é jovem (criança, adolescente e adulto jovem)
Principais doenças
Os transtornos de ansiedade estão relacionados ao funcionamento do corpo e as experiências de vida. Dependendo da intensidade, a ansiedade pode vir a tornar-se patológica, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).
Os sintomas são intensos, o que causa:
- Preocupações, tensões ou medos exagerados;
- Fadiga, falta de ar;
- Dores musculares na região dos ombros e pescoço;
- Inquietação e dificuldade para se concentrar;
- Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;
- Pavor depois de uma situação difícil.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.
Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, é importante ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.
A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “Mal do Século”. No sentido patológico, há presença de pessimismo, tristeza, baixa auto-estima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. A depressão provoca a ausência de prazer em coisas que antes faziam bem, e grande oscilação de humor e pensamentos, que podem culminar em comportamentos e atos suicidas.
Além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e angústia, a depressão possui diversos sinais e sintomas, que podem ser isolados ou somatizados. Os principais sintomas são:
- Irritabilidade, ansiedade e angústia;
- Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
- Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer ;
- Desinteresse, falta de motivação e apatia;
- Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero e desamparo;
- Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima;
- Sensação, inutilidade, ruína e fracasso;
- Interpretação distorcida e negativa da realidade;
- Insônia ou despertar matinal precoce;
- Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, entre outros.
Reconhecida como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química consiste nas consequências físicas e mentais trazidas pelo abuso de substâncias nocivas ao organismo. Elas podem ser tanto lícitas como o álcool e a nicotina quanto ilícitas como a maconha, cocaína e o crack, por exemplo.
Existe quem acredita que a doença não passa de um mero vício ou falta de caráter, o que não é verdade. A dependência química, além de doença, também é definida como um tipo de transtorno mental. Isso porque o uso excessivo e descontrolado de drogas acaba por alterar a percepção do dependente químico, que muitas vezes não tem consciência da sua situação.
Distonia é um distúrbio muscular que causa contrações involuntárias dos músculos.
Essas contrações podem afetar qualquer parte do corpo, mas os músculos da face são os mais comumente afetados. A toxina botulínica é o tratamento mais comumente usado para a distonia.
Os sintomas da distonia podem variar de leves a graves e podem afetar qualquer parte do corpo. A toxina botulínica é um tratamento eficaz para a distonia e é usada para reduzir a contração muscular.
Os sintomas mais comuns são:
– Tremor: este é o sintoma mais comum da distonia e pode afetar qualquer parte do corpo. O tremor pode ser leve ou forte e pode interferir com as atividades diárias.
– Fadiga: a fadiga é um sintoma comum da distonia e pode afetar o desempenho nas atividades diárias.
– Rigidez: a rigidez é um sintoma comum da distonia e pode causar dor e cansaço.
– Movimentos involuntários: os movimentos involuntários são um sintoma comum da distonia e podem afetar qualquer parte do corpo.
O tratamento da distonia pode variar dependendo da causa da condição. No entanto, a toxina botulínica é um tratamento eficaz para a distonia e é usada para reduzir a contração muscular.
Se você está experimentando qualquer um dos sintomas da distonia, consulte um especialista para avaliar o seu caso. A administrada deve ser feita por um especialista e reduz a contração muscular por até seis meses.
Os distúrbios da cognição e memória costumam aparecer com o avanço da idade. Muitas vezes quem os nota são familiares e amigos. A principal preocupação é se eles estão ligados a doenças degenerativas, que podem, gradativamente, fazer com que o paciente perca funções importantes como a linguagem, capacidade de realizar tarefas de forma autônoma, memória, e habilidades cotidianas. Nesses casos é imprescindível o acompanhamento e tratamento médico.
Entre as principais patologias que comprometem a memória e as habilidades cognitivas, estão:
- Doença de Alzheimer;
- Demência vascular;
- Demência frontotemporal;
- Afasias primárias progressivas;
- Hidrocefalia de pressão normal;
- Neurossífilis;
- Encefalopatias auto-imunes;
- Demência com corpos de Lewy;
- Comprometimento cognitivo leve;
- Doença de Creutzfeldt-Jakob (doença priônica);
- Encefalopatia de Wernicke-Korsakoff.
Para nos movimentarmos utilizamos um complexo sistema motor que engloba estruturas cerebrais como o cerebelo, os núcleos de base, medula, sistema corticoespinhal, membros superiores e inferiores, além do controle e sustentação do tronco.
Chamamos de transtornos do movimento qualquer alteração do controle, ritmo, movimentos voluntários, força dos membros, tremores, dificuldades de locomoção, ou de sustentar o tronco, bem como lentidão, falta de coordenação motora, excesso de movimentos de forma involuntária e fraqueza muscular, entre outros sintomas.
Existem inúmeras doenças hereditárias que provocam degeneração cerebelar (ou espinocerebelar), sendo as mais frequentes a ataxia de Friedreich e a doença de Machado-Joseph. Várias mutações já foram identificadas e testes genéticos estão disponíveis para diagnóstico e aconselhamento genético em situações de pesquisa.
Chamamos de dor crônica, as dores que persistem por mais de três meses após diagnóstico ou tratamento de lesões, ou, ainda, dores que não tem origem definida, tais como: fibromialgia, síndrome miofascial, enxaqueca, cefaleias, entre outras.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) 30% da população mundial sofre com alguma dor crônica. No Brasil, o percentual é ainda maior: 37% da população brasileira tem alguma dor persistente. Grande parte dessas dores tem origem neurológica, entre elas:
- Enxaqueca com/sem aura;
- Enxaqueca hemiplégica;
- Enxaqueca crônica;
- Cefaleia tensional;
- Cefaleia em Salvas;
- Outras cefaleias trigeminais-autonômicas (SUNCT/SUNA/hemicrania paroxística)
- Hemicrania contínua;
- Outras cefaleias primárias: cefaleia primária da tosse, da atividade sexual, cefaleia primária em facadas/pontadas, cefaleia do esforço físico, cefaleia hípnica;
- Arterite temporal (de células gigantes);
- Cefaleia da hipotensão liquórica;
- Cefaleia induzida por fármacos;
- Síndrome dolorosa miofascial;
- Síndromes de hipermobilidade;
- Síndrome da vasoconstrição cerebral reversível;
- Cefaleia da hipertensão intracraniana.
A Epilepsia caracteriza-se por uma predisposição persistente do cérebro em gerar crises epilépticas e pelas consequências cognitivas, neurobiológicas e psicossociais desta condição. As causas são diversas e englobam distúrbios metabólicos, traumas, febres altas, entre outras. É necessária uma investigação detalhada do motivo das crises. Hoje, há tratamentos específicos e muito eficazes, que podem, inclusive, fazer com que os episódios cessem por completo.
A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade (psicose), alucinações, falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalo, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma piora da função mental (cognição) e problemas no desempenho diário, incluindo no âmbito profissional, social, relacionamentos e autocuidado.
Os sintomas da esquizofrenia pertencem a quatro categorias principais:
- Sintomas positivos;
- Sintomas negativos;
- Desorganização;
- Comprometimento cognitivo.
O paciente pode ter sintomas de uma ou de todas as categorias.
É uma doença neurológica que afeta a capacidade de movimentar os membros.
Os sinais e sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem tremores, lentidão nos movimentos, rigidez muscular e dificuldade para andar.
Embora ainda não se saiba a causa exata do Parkinson, acredita-se que ele seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. No entanto, apesar dos avanços da medicina, ainda não existe um tratamento que cure a doença.
No entanto, o tratamento para o Parkinson pode ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a doença.
O TOC é definido por uma série de obsessões e manias que os pacientes podem apresentar em suas rotinas, e pode ser incapacitante se não tratado. Os rituais comportamentais que se originam dos sintomas começam a tomar tempo (cerca de mais de uma hora por dia) e causar sofrimento emocional.
Obsessões e compulsões são os principais sintomas. As obsessões se referem a pensamentos, impulsos ou imagens persistentes e intrusivas consideradas indesejadas pelos indivíduos, já as compulsões são caracterizadas por comportamentos ou atos mentais repetitivos.
Muitas pessoas acreditam ter TOC apenas por possuírem manias de limpeza, ou organização, saiba que isso difere dos sintomas do transtorno. É configurado um quadro de TOC quando as ”manias” apresentam prejuízo para a sua vida a nível emocional, psicológico, social, profissional, entre outros.
Fisioterapeutas especialistas em Estimulação Magnética Transcraniana
Responsável Técnico
Dr. Nasser Allam
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é uma técnica especializada realizada por profissionais qualificados sob a supervisão do renomado Dr. Nasser Allam, um pesquisador associado do Laboratório de Neurociências e Comportamento da Universidade de Brasília. Com uma vasta experiência em pesquisas clínicas desde o ano 2000 na área de Neuromodulação Cerebral, o Dr. Allam acumulou inúmeros trabalhos publicados (consulte nos links abaixo e saiba mais) e orientou diversos estudantes de pós-graduação na Universidade de Brasília.
Ele é reconhecido como um dos pioneiros no Brasil na aplicação dessa técnica inovadora. Com mais de 20 anos de dedicação à Neurologia, o Dr. Allam já prestou atendimento a mais de 1000 pacientes em sua Clínica NA Neurologia. Sua vasta experiência e compromisso com a pesquisa e o tratamento de pacientes o tornam uma referência respeitável no campo da Neuromodulação Cerebral e Neurologia no Brasil.
Confira os Artigos publicados do Dr. Nasser Allam:
- Ausência de Efeito da Toxina Botulínica na Excitabilidade Cortical em Pacientes com Distonia Craniofacial
- Alívio da distonia cervical primária com o uso da estimulação magnética transcraniana de baixa freqüência sobre o córtex pré-motor: Relato de caso
- Writer’s cramp: cortical excitability in tasks involving proximo-distal coordination
- Abnormal acute changes in upper limb muscle cortical representation areas in the patients with writer’s cramp during co-activation of distal and proximal muscles
- Dystonia – a disorder of dynamics of brain plasticity modulation?
- A Randomized, Double-Blind Trial of Repetitive Transcranial Magnetic Stimulation in Obsessive- Compulsive Disorder With Three-Month Follow-Up
- A Double-blind, Placebo-controlled Study of the Effects of Daily tDCS Sessions Targeting the Dorsolateral Prefrontal Cortex on Tinnitus Handicap Inventory and Visual Analog Scale Scores
- A Case of Coenesthetic Hallucinations Treated with Low-frequency Q3 Repetitive Transcranial Magnetic Stimulation
- Segurança da estimulação transcraniana por corrente contínua em uma paciente com implante de eletrodos de estimulação cerebral profunda
- Efeito Terapêutico da estimulação transcraniana de corrente direta após sintomas neuropsicológicos de um paciente idoso: Relato de caso
- Estimulação magnética transcraniana e aplicabilidade clínica: perspectivas na conduta terapêutica neuropsiquiátrica
- RESOLUÇÃO NORMATIVA CNHM No 013/2013
- O uso da estimulação não-invasiva em distúrbios do movimento: uma revisão crítica
- Decisões a respeito da terapia com estimulação cerebral profunda na doença de Parkinson
- RESOLUÇÃO CFM 1.986/2012