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Doença de Alzheimer

O que é a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer (DA) é uma doença cerebral neurodegenerativa, com forte relação à idade, que se desenvolve ao longo de anos. Seu quadro inicial é de perda de memória e confusão, o que pode ser confundido com alterações de memória eventualmente associadas ao envelhecimento natural. Entretanto, os sintomas da DA gradualmente levam a alterações do comportamento e da personalidade, com declínio em funções cognitivas como a capacidade de tomar decisões e de se comunicar adequadamente, além de dificuldades de reconhecimento de familiares e amigos. No seu estágio avançado, leva a grave perda de funções mentais superiores. Esses sintomas se relacionam com a perda da conexão entre neurônios em determinadas áreas do cérebro, associada também a perda dos neurônios em si. A DA faz parte de um grupo de doenças denominado “demências”, caracterizado por problemas cognitivos e comportamentais. É a causa mais comum de demência entre pessoas com mais de 65 anos de idade.

Há 3 pontos fundamentais na processo de evolução da doença:

A presença de placas amilóides, que são feitas de fragmentos do peptídeo beta-amilóide, em conjunção com outras proteínas e remanescentes neuronais;

os emaranhados neurofibrilares, encontrados dentro dos neurônios, com um acúmulo anormal da proteína tau. A tau normal é necessária para neurônios saudáveis. No entanto, na DA, a proteína tau se aglomera e acumula, levando a disfunção do neurônio e morte neuronal.

Perda de conexões entre neurônios responsáveis pelo aprendizado e memória. Os neurônios não sobrevivem sem as conexões a outros neurônios. As regiões cerebrais, então, passam a atrofiar, ou seja, diminuir. No estágio avançado, o dano é generalizado e há significativo encolhimento do tecido cerebral.

Há tratamento?

No momento ainda não existem medicações capazes de diminuir a progressão da doença de Alzheimer. Mas há 4 medicações aprovadas para tratar os sintomas. Essas medicações auxiliam os pacientes a manter suas atividades do dia-a-dia, com influência sobre a memória e a capacidade de raciocínio e de linguagem. Também trazem benefícios quanto a alterações de comportamento e personalidade associadas à doença.

Há dois grupos de medicamentos: os anticolinesterásicos, representados por donepezil, rivastigmina e galantamina, e os antagonistas de receptor NMDA, representado pela memantina, e reservado para os casos moderados a graves.

Qual o prognóstico?

Em algumas poucas famílias, a DA pode ocorrer na forma chamada “precoce”, e iniciar entre a 3a e a 5a década de vida. Esses indivíduos, em geral, possuem uma mutação genética em um de 3 genes diferentes já identificados. Mais de 90% dos casos tem manifestações somente após os 65 anos. Essa forma é chamada “de início tardio”, e o padrão de lesão ao cérebro e evolução são similares aos casos precoces. O curso da doença varia de pessoa a pessoa, assim como a velocidade de evolução.