Veja as dicas abaixo!
Liste os 3 assuntos principais que queira esclarecer/discutir
É importante planejar o que você quer dizer ao seu médico. Se possível, permita ao seu médico saber no início de sua consulta (ou mesmo antes da consulta, por telefone ou email) sobre mudanças na sua saúde. Faça uma lista das três coisas mais importantes que você quer que seu médico saiba e as traga com você durante a consulta. Se possível, as ordena em termos de prioridade e fale sobre os sintomas que considere mais urgentes antes. Como qualquer encontro que tem limite de tempo, o primeiro item geralmente é aquele que recebe mais atenção. Se você achar que não houve tempo suficiente para cobrir todas as suas questões de saúde, pergunte a seu médico se não seria melhor marcar uma nova consulta para discutir suas preocupações adicionais.
Diário de sintomas
Se você possui uma doença crônica, uma das formas mais eficientes para ajudar o seu neurologista a avaliá-lo melhor é fazer um registro de um diário de sintomas antes de sua consulta. Isso é particularmente importante se você tem sintomas que vão e voltam com o tempo, como nos casos da doença de Parkinson, epilepsia, apnéia do sono ou dor de cabeça.
Em um diário de cefaléia, por exemplo, pode ser registrada a frequência, duração, fatores desencadeantes e resposta a medicação, incluindo efeitos colaterais.
Essa conduta fornece ao médico uma ideia mais geral do problema em análise e permite que ele se concentre no manejo da doença com o paciente, ao invés de gastar tempo documentando essa história, enquanto o paciente está sentado à sua frente. Estes dados são valiosos para determinar a eficácia de cada uma das intervenções ou medicações propostas.
Um familiar ou amigo
É comum se confundir com as informações passadas em uma consulta, especialmente se as notícias forem preocupantes ou as instruções forem complexas. Se você levar um acompanhante que possa anotar as informações, terá mais um par de olhos e orelhas para confirmar o que o médico falou sobre a sua doença, sobre como tomar a sua medicação, quais efeitos colaterais são esperados e quais exames têm de ser marcados e realizados antes de seu retorno. Além disso, um amigo ou parente pode ajudar o médico a entender melhor o histórico de sintomas. Por exemplo, se um paciente que tem episódios de perda de consciência que precisam ser esclarecidos vem ao consultório sem a presença de uma pessoa que tenha presenciado os eventos, ela pode não ter nenhuma lembrança do que aconteceu ou mesmo conseguir fornecer os detalhes importantes para um diagnóstico correto. Nesse contexto, a presença de um familiar não é somente importante, como necessária.
Resultados de exames
É interessante trazer consigo cópias de resultados de exames de imagem ou de laboratório que tenham sido pedidos por outros especialistas. A não ser que você esteja em contato com um grupo de multi-especialistas em que todos os médicos estejam ligados por meio de prontuário eletrônico, pode ser difícil ao médico conseguir ter acesso aos seus resultados anteriores. Se o seu médico não tem estes resultados, partes essenciais do tratamento podem ser adiadas ou atrasadas. Além disso, a menos que você guarde seus resultados, pode correr o risco de ter que repetir ou duplicar procedimentos de maneira desnecessária.
Se você tem exames de imagem, como tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas, é importante trazer o registro do exame em CD ou DVD, de forma a possibilitar ao seu médico revisar os achados do exame e mostrá-lo a anormalidade, caso presente.
Lista de medicações
Um registro atualizado das medicações em uso é a informação que o seu médico mais deseja. É bastante adequado que o paciente mantenha um registro das medicações que usa, incluindo: as medicações que usa diariamente, as que são manipuladas, as que necessitam de prescrição frequente com restrição de receita e as vitaminas/suplementos. Um pequeno cartão com esse registro, de forma a ser levado na carteira ou no bolso, já basta. Dessa forma, o médico pode checar os nomes das medicações, os horários e as dosagens.
Isso é importante, porque há diversas medicações que podem interagir umas com as outras, aumentando ou diminuindo seu efeito.
Trazer uma lista mais completa, com um registro de alergias ou de remédios que não foram bem tolerados no passado, também pode ajudar a evitar que medicação seja duplicada ou que seja prescrita uma medicação que trouxe efeitos colaterais previamente.